'Chiaroscuro' sai no dia 11 de agosto pela gravadora Deckdisc.Álbum produzido por Rafael Ramos tem faixa inspirada em ópera.
“Se fizesse sempre a mesma coisa, eu me sentiria morta”, resume Pitty. Prestes a completar 32 anos em outubro, a cantora baiana adiciona elementos mais dramáticos ao repertório de seu terceiro álbum, “Chiaroscuro”, que chega às lojas no dia 11 de agosto pela Deckdisc. O título do sucessor de “Admirável chip novo” (2003) e “Anacrônico” (2005) define todo o conceito do trabalho. Além de significar “claro e escuro” em italiano, a expressão dá nome a uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. “A gente sempre muda, e isso não depende tanto de idade”, diz. “É claro: quanto mais idade, mais mudança, mais maturidade, e mais paranoia. É engraçado porque a gente vem sendo preparada para chegar aos 30. Teve Balzac e todo mundo fica naquela de ‘crise dos 30’. Isso vai ficando no nosso inconsciente, mas quando chegamos lá é uma decepção”, desabafa a artista, que reflete sobre o tema em “Desconstruindo Amélia” – “resultado de uma investigação com as amigas” que foi incluída no disco. Reflexões sobre o ser humano, aliás, são tema recorrente em “Chiaroscuro”, trabalho produzido por Rafael Ramos e que levou quatro anos desde o disco mais recente de Pitty para sair. “Para os moldes ‘fastfoodianos’ de hoje em dia, quatro anos é muito tempo.”