quinta-feira, 28 de maio de 2009

ABSURDO: DJ Marlboro é acusado de abusar de menina de 4 anos

O mundo do funk está estarrecido. Um dos maiores produtores de funk do Brasil, Luiz Fernando da Matta, o DJ Marlboro, é réu no processo de número 2008.001.336948-3, que tramita na 21ª Vara Criminal da Capital, sob a acusação de corrupção de menor e atentado violento ao pudor contra menina de 4 anos. A família da criança entrou com uma queixa-crime, afirmando que ele e uma namorada, Junia Duarte, abusaram sexualmente de uma criança, várias vezes em março do ano passado, conforme reportagem veiculada na quarta-feira (27), na Band.De acordo com informações da emissora, a menina — que mora com a família em Minas Gerais — veio passar uma temporada na casa da madrinha, no Recreio dos Bandeirantes. Junia é sobrinha do pai da pequena e batizou a criança. Durante os dez dias em que ficou na cidade, a garota teria sido abusada várias vezes.Segundo o jornal O Dia, em outubro, a Justiça determinou que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) fizesse busca e apreensão nas casas de Marlboro e de Junia. O caso também está registrado na DPCA, no inquérito 01365/08, de 21 de agosto. Foram recolhidos computadores, já que a criança relatou ter sido fotografada durante as sessões de sexo.“Ela foi atendida num hospital público para vítimas de violência sexual aqui em Minas. E contou para a legista, usando bonecos para simulação, o que o Fernando e a Junia fizeram com ela. Eles teriam encostado a mão, a boca e outras coisas”, descreveu a mãe da vítima.Durante os dias de férias no Rio, a criança teria sido agredida e ameaçada várias vezes. Ela relatou que um dos locais em que sofreu os abusos foi uma ‘casa abandonada’. Curiosamente, Marlboro estaria, na época, construindo uma casa em Mangaratiba.“Amarraram a boca, amarraram as mãos, tentaram sufocá-la. Apertavam o pescoço, batiam nela. Ela voltou estranha, mas só me relatou o que havia acontecido no Rio 10 dias depois que voltou de lá. E acabamos ficando prejudicados por este tempo. No início ainda havia alguns hematomas no corpo”, afirmou a mãe.Advogado da família, Alexandre Corrêa diz que não pode revelar detalhes do processo, que corre em segredo de Justiça. Mas explicou o que o motivou a entrar com a queixa-crime.“Fui procurado, analisei tudo e vi que havia materialidade e autoria para entrar com o processo”, explicou, confirmando que a menina continua em tratamento psicológico.O jornal revela que o comportamento da criança mudou, nos dias seguintes às férias. Segundo parentes, ela chegou até a simular fazer sexo durante brincadeiras com amigos.“Ela gritava ‘Mamãe, mamãe!’, mas disse que ninguém ouvia. Minha filha perdeu a infância. O que a gente quer é que ela não perca o resto da vida. Minha filha ficou arredia. O que eu quero é que a pessoa que fez isso com ela seja punida pelo que fez, punida de forma exemplar. Uma coisa que faço questão de dizer é que eu não preciso de R$ 1 dele para nada. A minha condição financeira é boa e eu só quero a verdade, a justiça”, disse o pai da menina.A assessoria do DJ emitiu uma nota, declarando que ele é inocente.