sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Terror, clichê e Megan Fox

Titulo: Garota Infernal
Título Original: Jennifer’s Body
Direção: Karyn Kusama
Elenco: Megan Fox, Amande Seyfried, Adam Brody, Johnny Simmons, Chris Pratt, J.K. Simmons, Amy Sedaris, Juno Ruddell
Roteiro: Diablo Cody
Fotografia: M. David Mullen
Produção: Jason Reitman, Daniel Dubiecki, Mason Novick
Duração: 102 minutos
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Terror

Não se sabe se a roteirista quis escrever um filme Cult com tendências Teen ou um Filme Teen com tendência Cult – Quem conheceu o trabalho da ex-stripper Diablo Cody, que venceu o Oscar por escrever “Juno” em 2008, pode esperar um pouco menos em “Garota Infernal”. Agora quem conheceu Megan Fox no robótico “Transformers”, pode esperar um pouco mais, mas com cautela, pois o longa vem cheio dos velhos clichês presente há anos no gênero. O Talento de Diablo Cody, foi mais do que provado em seu primeiro teste nas exigentes lentes de Hollywood, faturando a estatueta mais cobiçada do mundo cinematográfico logo em seu primeiro trabalho (Juno). Os seus diálogos recheados de sacadinhas modernas agradam novamente, sendo o ponto alto da fita em questão, já a baixa ficou por conta dos clichês que Cody acrescentou em seu roteiro, deixando alguns espectadores se perguntando: “É pra levar a sério este filme?” Dirigido por Karyn Kusama (Aeon Flux) o filme conta uma história que gira em torno da personagem Jennifer (Fox), uma líder de torcida desejada por todos os garotos (Clichê 1), que tem uma amiga de infância (Clichê 2), interpretada por Amanda Seyfried. Após um estranho acontecimento em um show de uma banda de Rock, no qual Jennifer se atrai pelo vocalista (Clichê 3), “misteriosas” mortes começam a acontecer na pacata cidade em que vivem (Clichê 4).
A produção tem seu alvo muito bem focado, o público teen, porém sobra algumas pequenas beiras para outros públicos (graças a mão afiada da roteirista), o que livra o longa-metragem de ser tornar fútil demais, ou passar seu tempo total explorando a figura da protagonista, a linda e polêmica Megan Fox, que entre muitas caras e bocas é vista de todas as maneiras e fetiches possíveis: Como líder de torcida, de camisola, nadando nua em um rio, dando um beijo em outra garota…não que isso não vá agradar a rapaziada (né?), mas o apelo é claro e a ordem é: “Já que temos a Megan Fox, e sua maior virtude é a beleza, vamos aproveitar!” – E esse “chama público” é infalível desde que o cinema é cinema. A trilha sonora, embalada por Panic! At The Disco e outras bandas do estilo podem agradar os ouvidos de quem já se aventura por aí, sendo mais uma mostra do já selecionado público-alvo do longa, que também apresenta poucos mas bem produzidos efeitos visuais, o que deverá agradar. Por fim, digo que se você quer ver um filme, comer uma pipoca, sair da sala para atender o celular, dar um beijo na namorada e ainda se divertir com a beleza hipnótica de Megan Fox, este é o filme certo. Mas se você não tiver mais paciência para se aventurar no mundo “Teen/Lucro Garantido”, escolha outro filme e boa sessão!
CONFIRA O TRAILLER